30 de abril de 2011

Show de Marcelo Camelo - Toque Dela (a samambaia)

O hermano, seguindo só. No canto, a samambaia

Começou neste final de semana em São Paulo a turnê do segundo disco solo de Marcelo Camelo, também conhecido como a metade mais instropectiva do (sempre saudoso)  grupo Los Hermanos. Diferente de Sou, seu disco de estreia longe dos hermanos, com clima saudosista e cheio de solidão, Toque Dela foi tachado pela crítica especializada como o álbum de um Marcelo Camelo "apaixonado". Efeito Mallu Magalhães? No show que conferi sexta-feira, 29/04 na choperia do Sesc Pompeia, a declaração do cantor de que "é muito bom ter um amor..." não deixou dúvidas. Declaração que só aumenta as expectativas também para o terceiro álbum da cantora, que ficou conhecida pelo seu  J1, mas cresceu.

Camelo e Hurtmold - belas sonoridades

Segundo amigos que estiveram no primeiro show, quinta-feira 28/04, a apresentação de Camelo era imperdível. Os presentes tiveram a sorte de ver uma canja de Vanessa da Mata no palco com o cantor, um ambiente tranquilo, sem euforia ou fanatismos e um repertório que variou entre canções dos dois CDs e algumas do Los Hermanos. Além de tudo, a excelente Hurtmold havia feito uma ótima base para as interpretações das letras pessoais e ao mesmo tempo de sentido aberto, compostas por Camelo. Tudo em um palco limpo, sem nenhum detalhe cenográfico.

Foi o "Toque dela" que atrapalhou o show

Mas no show de sexta-feira quase tudo foi diferente. Uma samambaia iluminada enfeitava o palco, na verdade quatro, mas aqui culpo apenas uma por todas as irregularidades do show. Camelo até agradeceu quem havia colocado ali as plantas, que tinham dado uma "boa energia para o show". Mas não, foi o "toque dela", a samambaia deslocada, que atrapalhou muita coisa. 

Xadrez é quase um uniforme no show de Camelo. Na mesma reta, 3 camisas

O público de sexta-feira, majoritariamente composto por rapazes e garotas de camisas xadrez, além de não contar com o bônus de Vanessa da Mata, viu um Camelo sem muita intenção de proximidade, com interação bem pequena durante todo o show. A banda Hurtmold juntamente com os metais de sopro, fizeram o melhor dos apoios para o cantor. Ora imprimindo clima praieiro, ora com sonoridade que fazia lembrar vagamente canções do  Beirut, só não foram ainda melhores, pois problemas técnicos deixaram as coisas irregulares, por algumas vezes. No geral, o clima do novo show é repleto de romantismo mesmo, perfeito para os casais que, pelo que percebi, além de usar xadrez são o novo público do cantor carioca.  Todos poderiam ter visto juntinhos um show melhor, não fosse a samambaia.

No Trabalho Sujo você confere as impressões de Alexandre Matias sobre o show de estreia e alguns vídeos.

5 comentários :

  1. e sim, a quinta feira foi melhor que a sexta, sem duvidas

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  2. Gostei da foto das pessoas usando a "camisa xadrez"!!! Boa visão! AHAHAH

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  3. Amauri, vc tbm estava com a sua camisa xadrez?

    PS: A palavra irregularidades (3 linha, logo abaixo da samambaia, está escrita com um pequeno erro de digitação. #ficaadica!

    Abraços!

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  4. Tbm estava com uma camisa xadrez vermelha! AHAHAH! Realmente, a piada tem mais graça qdo vc faz parte dela! Show super bom no sábado, com a figurinha carimbada da Mallu! Só não entendi as samambaias no palco...tipo, pra preencher o vazio do palco??? AHAHAHAH! Abraçao!

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