8 de maio de 2013

O mal-estar nosso de cada dia


"A overdose de estímulos e mudanças não atinge só as empresas, mas também o indivíduo que vive na metrópole. Um dos paradoxos dos grandes centros é viver no meio de muitas pessoas e ao mesmo tempo não se relacionar com ninguém. É o anonimato na multidão. Há tanta hiperestimulação que o indivíduo adquire uma atitude blasé, ou seja, ele seleciona como e o quanto se deixa atingir pelos estímulos. Ele escolhe com o que interagir ou prestar atenção. O desafio é a autoconservação: dar conta de tudo para construir uma narrativa de vida que faça sentido." 

"Aí entra também nossa vida digital. Com a ubiquidade (possibilidade de estar em vários lugares ao mesmo tempo) o indíviduo passa a fazer mais coisas com a mente do que com o corpo. Está aí a sensação de torpor que causa usar um smartphone. São muitos estímulos que alimentam nossa ansiedade e quando vemos estamos na mesma posição há horas. Há uma dissociação da mente com o corpo – enquanto ela está ativa, o corpo está parado. A dedicação a cada tarefa diminui. Você passa a responder por vários “você mesmo”. Você está dormindo, mas seu perfil no facebook recebe mensagens 24 horas, assim como o smartphone ligado na cabeceira da cama, e o linkedin, o pinterest, o tumblr, o twitter… Parece que o mundo te atropela. O dia acaba antes de conseguir dar conta de tudo e relaxar."

Trechos do breve artigo O mundo está mobile (e não se trata só de celular), de Débora Nogueira, no site da revista Galileu. Leia a íntegra do texto.


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