"Apenas Uma Vez" virou musical da Broadway

Pôster de divulgação

Hoje tive uma boa supresa fuçando as páginas oficiais de algumas bandas e músicos que acompanho. Descobri que "Apenas Uma Vez" (Once) virou musical da Broadway, com estreia marcada para o final de fevereiro. Esse filme figura descaradamente na minha lista de melhores produções sobre relacionamentos (nem sempre tão românticos) feitos na última década. 

Realizada com um orçamento microscópico de 150 000 dólares, a produção é cheia de curiosidades surgidas antes e depois de sua finalização, que a tornam ainda mais interessante em comparação com outros filmes românticos de roteiro original do cinema recente.

Dirigido pelo irlandês John Carey, "Apenas Uma Vez" conta a história do envolvimento entre um músico de rua em Dublin (Glen Hansard, da banda The Frames) e uma musicista checa (Marketá Irglová). Traz dois protagonistas não-atores, gravações em locações modestas e uma trilha sonora original substituindo os diálogos (em um modelo bem menos careta que o de tradicionais filmes musicais). Todos esses fatores levaram o conto moderno ao improvável topo do reconhecimento: o Oscar de Melhor Canção em 2007, pela balada "Falling Slowly". Vale lembrar que 2007 foi o mesmo ano em que o elogiadíssimo "Na Natureza Selvagem" não teve nenhuma das  músicas de Eddie Vedder  indicadas à estatueta. 

Do prêmio de maior visibilidade do cinema, passando pelo romance na vida real do casal de protagonistas, a formação de uma banda que dá sequência ao trabalho visto no filme (The Swell Season), o lançamento de um disco de inéditas, uma música em destaque na novela das 8, à passagem da banda pelo Brasil (falei aqui sobre o show que vi em São Paulo) no ano passado, (ufa!) foi um piscar de olhos. 

"Once: A New Musical" , que conta com produtores de sucessos como "Mary Poppins", "Aida" e "Mamma Mia!", soma aí mais um novo capítulo da história de uma história romântica verossímil - e por isso merecedora de atenção - que é "Apenas Uma Vez".